Em Portugal a situação parece agravar-se de dia para dia. Seja por falta de trabalho, inviabilidade económica, deslocação para países com mão-de-obra mais barata, ou simplesmente alegando que estamos em crise, dezenas de fábricas fecham todos as semanas no nosso país. O resultado é quase meio milhão de desempregados e uma taxa de desemprego que se prevê que atinja s 8,5 por cento ainda durante o ano de 2009.
Nas últimas semanas, a maioria das notícias de abertura ds telejornais nacionais dão-nos conta de mais uma fábrica que fecha as portas ou da instabilidade das "grandes" empresas a funcionar em Portugal (Quimonda, AutoEuropa). Surgem planos de apoio aos mais diversos sectores, são disponibilizados milhões de euros para a construção de obras públicas que possam a curto e médio prazo gerar empregos, multiplicam-se as reuniões entre os líderes mundiais para juntos, tentarem encontrar uma solução...mas a crise ainda ficará connosco algum tempo. Resta saber quanto.
Além da actualidade do tema, todos sabemos as dificuldades que a população portuguesa enfrenta ao entrar numa situação de desemprego. Com as famílias cada vez mais endividadas, torna-se quase impossível com o subsídio de desemprego, ou ainda pior, quando ele acaba, pagar a casa, o carro, a escola dos filhos, a luz, a água e ainda pôr comida na mesa. São estas dificuldades, cada vez mais presentes entre nós, que queremos frisar no nosso trabalho, mostrando os rostos dos seus protagonistas.
